Erikson
Erikson veio depois de Freud para complementar a sua teoria, já que não concordava com o facto de haver períodos de latência no desenvolvimento.
Elaborou então uma série de estádios que caracterizam muito bem a sua teoria:
- Confiança básica versus Desconfiança: - A mãe é a pessoa mais importante para o bebé, e é na interacção entre ambos que emerge esta crise;
- Pólo positivo: se a relação for positiva, o bebé desenvolve sentimentos de confiança nos outros;
- Pólo negativo: se a mãe não atende as necessidades do bebe, ele desenvolve sentimentos de medo, suspeita, desconfiança.
- Autonomia versus Vergonha e Duvida: - A criança começa a explorar o meio;
- Pólo positivo: se for encorajada, desenvolve autonomia e controle sobre si mesma;
- Pólo negativo: se for muito controlada exteriormente pode criar um sentimento de vergonha de se “expor” demasiado e sentimentos de dúvida de conseguir fazer as coisas sozinha, sendo incapaz de tomar decisões autonomamente.
- Iniciativa versus Culpa: - A criança vai começar a desenvolver as suas próprias actividades;
- Pólo positivo: desenvolve o sentido da iniciativa, tem objectivos e procura realizar tarefas e actividades, o que lhe da prazer;
- Pólo negativo: se os pais são excessivamente punitivos, não permitindo que a criança desenvolva as suas próprias iniciativas, então ira sentir-se culpada, com relutância em agir de acordo com os seus próprios desejos e em ser independente.
- Indústria versus Inferioridade: - A criança começa a desenvolver aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer os seus objectivos, a fazer aprendizagens sociais;
- Pólo positivo: se obtêm sucesso, passa a ter prazer no trabalho, curiosidade e interesse por aprender, produtividade e competência.
- Pólo negativo: se se sente menos capaz do que os seus colegas pode desenvolver sentimentos de inferioridade, não estando segura das suas capacidades nem do seu papel no grupo social e perde o interesse pelas tarefas.
- Identidade versus Confusão: - Na adolescência, o indivíduo experimenta varias alternativas, confrontando-se com novas vivências, no sentido da construção de uma identidade;
- Pólo positivo: a pessoa assume uma identidade (sabe quem é, o que quer fazer da vida…);
- Pólo negativo: o indivíduo vive uma confusão de papéis, sem saber quem realmente é, o que quer da vida, que papeis deve desempenhar e, por conseguinte, como agir.
- Intimidade versus Isolamento: - O jovem adulto procura o envolvimento em relações de intimidade com outra pessoa;
- Pólo positivo: estabelece relações de intimidade, afecto e partilha com os outros, o que requer, idealmente, o relacionamento sexual com alguém que ame;
- Pólo negativo: corresponde as pessoas que não conseguem estabelecer relações de intimidade e que podem chegar ao isolamento, distanciando-se e evitando assumir compromissos.
- Generatividade versus Estagnação: - As pessoas procuram definir objectivos e motivações para o que querem produzir nas suas vidas;
- Pólo positivo: as pessoas têm uma motivação para tornar o mundo melhor, contribuindo para um futuro mais próspero, para o bem comum, para desenvolver as suas potencialidades no mundo do trabalho e nas relações com os outros, para criar uma nova geração a qual possam transmitir uma mensagem.
- Pólo negativo: as pessoas que não tem interesses, nem tentam expandir as suas capacidades de trabalho e de relacionamento com os outros, tornando-se inactivas e fechadas sobre si próprias.
- Integridade versus desespero: - As pessoas fazem um balanço e uma reflexão acerca do seu percurso;
- Pólo positivo: sentem-se satisfeitas com o que realizaram ao longo da sua vida, compreendem o seu sentido e aceitam a morte, deixando de se preocupar ansiosamente com a vida;
- Pólo negativo: encontram pouco significado no que fizeram, considerando as suas vidas como desperdiçadas, com um sentimento de desgosto face a vida e de desespero perante a morte