Desenvolvimento Moral


                Piaget defende que existem dois tipos de moral: a moral heterónoma ou realismo moral que está presente nos indivíduos com menos de 11 anos, e a moral autónoma ou relativismo moral que aparece dos 10 anos em diante.

                Por outro lado Kohlberg define seis estádios ao longo da vida de um ser humano. No nível pré-convencional ou pré-moral (Infância) existem dois estádios: o da moralidade heterónoma e o designado estádio do individualismo, propósito e troca instrumental. No nível da adolescência ou nível convencional encontramos o estádio das expectativas e relações interpessoais mútuas e conformidade interpessoal, aqui temos noção da existência do outro, e o estádio do sistema social e consciência, onde pensamos nas consequências dos nossos actos para a sociedade. No nível Pós- convencional  está implícito o estádio do contracto social, ou seja, todas as pessoas se devem reger pelas mesmas normas, e o estádio dos princípios éticos universais que representa a mesma ideia anterior.

 

 

Desenvolvimento ao longo da idade adulta

              

               Para atingir a fase adulta é necessário atingir uma maturidade onde exista independência e autonomia psicológica, o que permitirá as tomadas de decisão próprias e proporcionará estabilidade, sabedoria, fiabilidade, integridade e compaixão. Esta maturidade pode conquistar-se quando se consegue um emprego, ou seja, uma independência financeira, ou quando, por exemplo, se sente o “peso” da paternidade.

                Segundo Erik Erikson existem várias forças ao longo do desenvolvimento dos indivíduos. Por exemplo, do nascimento até ao primeiro ano de vida a criança encontra-se entre um sentimento de confiança mas ao mesmo tempo está perturbado pela desconfiança. Do primeiro ao terceiro ano existe autonomia mas também vergonha e dúvida. Dos quatro aos cinco anos existe iniciativa mas também culpa. Dos seis aos onze anos está presente a indústria o que provoca inferioridade. No inicio da adolescência a identidade do ego e a confusão de papéis marcam presença. Já no final da adolescência e no inicio da fase adulta a intimidade aparece na vida do individuo o que pode provocar um certo isolamento. Na vida adulta encontra-se a antagonia entre generatividade e auto-absorção. Por fim, no final da vida adulta nota-se uma integridade que é como um estatuto que a idade proporciona mas ao mesmo tempo o desespero por todo o tempo que já passou.

                No final da adolescência e no inicio da fase adulta aparece a intimidade como já foi referido anteriormente. Sobre este aspecto Sternberg formula uma teoria onde diz que existem vários tipos de amor. Este amor deve conter intimidade que diz respeito ao sentimento de proximidade, de ligação e partilha de actividades, paixão que é a forma de activação que leva à atracção física e comportamento sexual e a decisão ou compromisso.

                Relativamente às relações interpessoais podemos defini-las como havendo proximidade física, afiliação, beleza, semelhanças interpessoais, reciprocidade e complementaridade.

                Ao nível da ocupação profissional de cada pessoa podemos dizer que existem cinco estádios: estádio de crescimento (dos 0 aos 14 anos), estádio de exploração (dos 15 aos 24 anos), estádio de estabelecimento (dos 25 aos 44 anos), estádio de manutenção (dos 45 aos 64 anos) e estádio de declínio (mais de 65 anos).

                Na fase do processo de envelhecimento existem algumas transformações inevitáveis ao nível físico, psicológico e social que se vão notando. Este envelhecimento pode dever-se a factores hereditários ou factores ambientais. O declínio cognitivo é um dos factores que se observam numa pessoa idosa, este declínio é causado pelas expectativas psicológicas, pela saúde mental ou por factores como a forma física, deficits nutricionais ou abuso de drogas. O estatuto destas pessoas também é alterado. Por exemplo, chega a altura da reforma, passa de uma pessoa activa para uma pessoa reformada, é nesta fase que a viuvez aparece.

                Os idosos atingem uma altura em que confrontam a própria morte com sentimentos de negação, irritação e raiva, negociação, depressão e aceitação.

                Segundo estudos realizados com idosos pode-se afirmar que a actividade físicas nestas pessoas provoca uma melhoria na capacidade física, promoção e melhoria da auto-eficácia, auto conceito, auto estima, humor, imagem corporal, satisfação com a vida, felicidade e qualidade de vida geral, diminuição dos níveis de tensão, ansiedade, diminuição do consumo de medicamentos, melhoria das funções cognitivas e socialização melhorada, maior longevidade. O idoso deve ser constantemente atraído e incentivado para a prática de actividade física. Exercícios atraentes e diversificados, praticados com moderação, de forma gradual e na companhia de terceiros são formas de cativar.

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